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Descoberta de um Buraco Negro em Rápido Crescimento no Universo Primordial

  • Foto do escritor: Mente Curiosa
    Mente Curiosa
  • 2 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

Uma equipe de astrônomos, utilizando os telescópios James Webb e Chandra, da NASA, identificou um buraco negro de baixa massa crescendo rapidamente no centro de uma galáxia anã, apenas 1,5 bilhão de anos após o Big Bang. Esse buraco negro, nomeado LID-568, está acumulando matéria a uma taxa surpreendente — mais de 40 vezes o limite teórico conhecido como limite de Eddington.


 Ilustração de uma galáxia anã avermelhada no universo primordial, abrigando um buraco negro supermassivo de baixa massa em rápido crescimento no centro. Descoberto por dados dos telescópios James Webb e Chandra, da NASA, este buraco negro, formado apenas 1,5 bilhão de anos após o Big Bang, está acumulando matéria a uma taxa impressionante, oferecendo pistas sobre a evolução dos buracos negros no início do universo.  📷 Créditos: NOIRLab/NSF/AURA/J. da Silva/M. Zamani
Galáxia anã do universo primordial com um buraco negro supermassivo em rápido crescimento, descoberto por dados dos telescópios James Webb e Chandra. 📷 Créditos: NOIRLab/NSF/AURA/J. da Silva/M. Zamani

Um Olhar no Universo Primordial


Os buracos negros supermassivos, encontrados no centro da maioria das galáxias, continuam a intrigar os cientistas. Descobertas como a de LID-568 oferecem pistas valiosas sobre como esses objetos cresceram tão rapidamente no início do universo. Tradicionalmente, acredita-se que buracos negros de grande massa se formem a partir de “sementes leves” (provenientes da morte das primeiras estrelas) ou “sementes pesadas” (colapsos diretos de nuvens de gás).

A descoberta de LID-568 sugere que um episódio único de alimentação super-rápida pode ser responsável por uma parte significativa do crescimento desses buracos negros, independentemente de suas origens.


A Importância de LID-568


LID-568 foi identificado graças à sensibilidade infravermelha única do Telescópio James Webb e à extensa pesquisa em raios X do Chandra COSMOS Legacy Survey, que contém dados acumulados em 4,6 milhões de segundos de observação. Essas ferramentas permitiram detectar emissões extremamente tênues de galáxias brilhantes em raios X, mas invisíveis em observações ópticas e infravermelhas anteriores.

O buraco negro de LID-568 apresenta uma taxa de alimentação tão intensa que supera a pressão de radiação emitida pela matéria ao redor. Esse processo, embora curto, desempenha um papel crucial na compreensão do crescimento acelerado dos buracos negros no universo jovem.


Avanços e Futuro


Os dados reforçam a teoria de que a formação de buracos negros supermassivos pode ocorrer em episódios de rápida acumulação de massa, trazendo novos entendimentos para a evolução dessas estruturas cósmicas. Essa descoberta foi liderada pela astrônoma Hyewon Suh, do NOIRLab, e publicada na revista Nature Astronomy.

Além disso, o estudo destaca o papel essencial de missões como o Chandra e o Webb, que continuam a desbravar mistérios sobre a origem e evolução do cosmos. O James Webb Space Telescope, por exemplo, está revolucionando nossa visão do universo, desde planetas distantes até os limites do espaço e tempo conhecidos.


A busca por respostas sobre o crescimento rápido dos buracos negros primordiais continua, mas com descobertas como LID-568, estamos mais próximos de entender os mecanismos que moldaram o universo como o conhecemos hoje.

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